quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um silêncio dentro de mim...

          Ando pensativa, reflexiva, talvez com uma pitada de depressão. Nada grave, normal em nossa sociedade absurdamente competitiva e massacrante - destrói o corpo, a alma e o senso de direção. Me vejo sofrendo com o peso dos anos nos meus ombros tão jovens, fato comum hoje, que de tão normal se torna revoltante, somos adestrados para a dor, para a decepção, como fato tão inevitável que não há uma saída - sofra ou faça sofrer.
          É, sinto em minhas palavras dor, medo, repulsa, choro preso, sorriso forçado...quero gritar, quero pedir socorro, mas minha gramática é insuficiente. Penso em olhar para o alto, fugir para as nuvens e sonhar com a vida de construí em meu subjetivo, mas o dia está nublado, as folhas caindo no chão, frio e vento gritando nas árvores. Diante disso sinto-me vazia, vaso belo cheio de nada, lua minguante e céu de dezembro...mas eu sei, com a força do mar nas rochas em sintonia com o ar, que Ele está por perto, olhando, vigiando, protegendo de alguma forma. Eu preciso desesperadamente crer nisso e fazer minha essência novamente cantar...
          Assim, para mim e para os que por ventura forem ler este texto, deixo uma pequena história, aproveitem!!!

A Samambaia e o Bambu


Certo dia decidi dar-me por vencido.
Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, e à minha fé.
Resolvi desistir até da minha vida.
Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.
“Deus, eu disse:
Poderias dar-me uma boa razão para eu não entregar os pontos?”
Sua resposta me surpreendeu:
“Olha em redor Estás vendo a samambaia e o bambu?”
“Sim, estou vendo”, respondi.
Pois bem. Quando eu semeei as samambaias e o bambu, cuidei deles muito bem.
Não lhes deixei faltar luz e água.
A samambaia cresceu rapidamente.
Seu verde brilhante cobria o solo.
Porém, da semente do bambu nada saía.
Apesar disso, eu não desisti do bambu.
No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa.
E, novamente, da semente do bambu, nada apareceu.
Mas, eu não desisti do bambu.
No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa…
Mas, eu não desisti.
Mas… no quinto ano, un pequeno broto saiu da terra.
Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno , até insignificante.
Seis meses depois, o bambu cresceu mais de 50 metros de altura.
Ele ficara cinco anos afundando raízes.
Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver.
“A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar”
E olhando bem no meu íntimo, disse:
Sabes que durante todo esse tempo em que vens lutando, na verdade estavas criando raízes?
Eu jamais desistiria do bambu.
Nunca desistiria de ti.
Não te compares com outros”.
“O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer
do bosque um lugar bonito”.
“Teu tempo vai chegar” disse-me Deus.
“Crescerás muito!”
Quanto tenho de crescer? perguntei.
“Tão alto como o bambu?” foi a resposta.
E eu deduzi: Tão alto quanto puder!

          No próximo post uma resenha, algo diferente para quebrar o clima!!! Abraços e vamos todos ser "bambus"!!!

By Léiah Val. Laverny

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