sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Um desejo dentro de mim...

         Não sei realmente se a vida é tão curta...acho que os momentos bons é que são muito poucos!

 

          E eu vejo a mim como uma estranha, alguém que não reconheço mais. O que mudou de fato? O que sempre quis e consegui esconder em eficientes mecanismos de defesa agora vem para me assombrar em desejos ditos e sentidos de realização.
          Penso sim naquela pessoa, tanto que até me confunde, não sei se é realidade de sentimentos ou o fruto do desejo de recomeçar a escrever...aquele conto que imaginei, ele seria o meu personagem principal, enigmático e ao mesmo tempo tão controverso, mas sinto eu mesma esse enigma, no que eu gostaria de viver. Dizem que tudo acontece na hora certa e eu estou tão cansada de me submeter ao tempo...
          Queria vê-lo tomando uma atitude, queria que eu fosse importante para ele, queria que pudesse me pedir para voltar, queria que me dissesse que fiz diferença em sua vida, que não pode me esquecer, que gostaria que eu estivesse ali...queria tanto e por nunca ter nada de incrível na vida, parece que estou me dissolvendo em falsas esperanças que eu mesma criei, esperança de um dia viver um grande amor, uma história que valesse a pena...mas não existe isso, não para mim. Estou travada nesse universo que não faz o menor sentido pra mim, nunca fez, aliás.
          Se um dia eu pudesse olhar para trás e entender o que foi tudo isso, talvez encontrasse sentido no meio do caos...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Não é sacrifício se for por amor...

           Em uma vida tão vazia eu sabia apenas que todos iriam embora...




          ...
          - Você ficou...Por quê?
          - Porque não ficaria?
          - Você teria uma oportunidade de seguir uma vida normal...
          - Não...
          - Claro que sim!...Você seria feliz.
          - Seria?!...Então me diga...diga para eu ir embora, que você não me quer aqui...olhe para mim e diga: "Vá, siga sua vida!"...
          Olhos fixos...mãos trêmulas.
          - Diga, então, por favor! Me libere!
          - Não posso...Eu não consigo. - Olhos baixos, lágrimas que queimam...
          Sorriso amável...
          - Viu?...Entendeu agora?
          - Não faça isso comigo, por favor...
          - Entenda, os sacrifícios que estamos dispostos a fazer são porque não conseguimos deixar a pessoa que amamos ir...nosso "egoísmo" não permite.
          - Mas todos tiveram que me "deixar ir"... eu já perdi J....
          - Isso, querida, é porque chega um momento em que temos que fazer uma escolha: nosso "egoísmo" que não quer deixar a pessoa ir e por isso permanecemos pela eternidade se for possível...ou o desejo de ver essa pessoa que tanto amamos em segurança, mesmo que signifique nos sacrificarmos por ela...deixando-a ao sermos obrigados a ir.
          - Dói tanto sentir isso...
          - Esse sacrifício é o que nos faz ter a certeza do que sentimos, por que sentimos e a quem amamos, mais até que a nós mesmos...o dito sacrifício é simplesmente amor, bem-querer...não pesa se é para o bem-estar de quem nos motiva a cada respiração...





          Se for para ficar, fique inteiro, corpo, alma, tempo...se for para ser um sonho, que não me permita acordar...se for para chorar, que não seja o motivo de minhas lágrimas...

By Léiah V. Laverny