sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um pouco de alegria...

          Levamos a vida tão seriamente que nos esquecemos que  temos em nós a alegria de saber que momentos simples, gestos sem importância aparente ou mesmo pequenas atitudes são eternas, nos fazem rir e puxar pela memória tempos tão bons, breves, mas bons demais!!!

          Essa postagem é uma homenagem a esses momentos e uma lembrança de que rir é importante, criar suas próprias histórias com papel e giz de cera é mágico e o efeito é balsâmico!!!



        Quem nunca fez algumas dessas coisas????



1 - Fingir que Tic Tac é cápsula de remédio.

2 - Apostar corrida com o locutor da tele-sena no comercial falando os números sorteados.

3 - Desenhar um relógio no braço quando era criança.

4 - Tampar o ralo do chão do banheiro pra fazer uma piscininha.

5 - Comer Trident com papel porque "papel de Trident é comestível".

6 - Fazer a proeza de enfiar o dedo no próprio olho sem querer.

7 - Ficar entortando aquele lápis verde, e quebrar.

8 - Apostar corrida de gotas na janela do carro quando tá chovendo.

9 - Sonhar que foi pra aula pelado, ou sem uma parte da roupa.

10 - Apagar tudo que estava escrevendo, quando vê que a outra pessoa está digitando alguma coisa no MSN.

11 - Tentar equilibrar o interruptor de luz no meio, entre aceso e apagado. (rsrs)

12 - Tirar uma nota melhor que o Nerd da sala sem ter estudado.

13 - Abrir uma nova guia na internet e esquecer o que ia fazer.

14 - Fingir que está fumando aqueles palitinhos salgados "Stiksy" da Elma Chips.

15 - Ficar mordendo o copo de plástico depois de beber o que tinha dentro, depois rasgar em várias tiras pra fazer um sol.

16 - Deixar sempre o volume do rádio/tv em um número redondo ou múltiplo de 5.

17 - Ficar com preguiça de colocar um rolo novo de papel higiênico no lugar e deixar ele solto na pia.

18 - Ficar desconfortável quando está assistindo TV ou um filme com os pais e começa uma cena de sexo.

19 - Falar mal de alguém para outra pessoa e descobrir que era um parente/amigo dela.

20 - Responder algo para alguém que está na sua frente e descobrir que a pessoa não estava falando com você

21 - Tirou o recheio de todas as Trakinas do pacote pra depois comer tudo de uma vez.

23 - Sentir a necessidade de apertar uma tecla sempre que passa perto de um teclado ou piano.

24 - Sonhar que está tentando correr e mesmo assim se mover vagarosamente.

25 - Desligar o plugin do MSN que mostra a música que você tá ouvindo para ouvir
musicas toscas escondido


26 - Gritar "Aeeeee" quando a luz acaba

27 - Quando era pequeno, fingir que estava dormindo quando chegava de carro em casa, pra ser levado no colo pra dentro.

29 - Abrir o freezer e ficar feliz ao ver o pote de sorvete, abrir e ver que é feijão congelado. (kkkk o melhor)

30 - Colocar caixinha vazia de Chiclets Adams/Clorets no dedo indicador.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A chave...

Eu não queria, eu não devia, mas eu fiz, eu olhei pelo buraco da fechadura...
e vi um mundo todo se abrir diante de meus olhos.



          Era estranho estar aqui, assim tão só, sentindo tão forte o vazio do lugar... Memórias vinham, mesmo que não quisesse, elas eram habitantes daquele espaço desde sempre, desde o dia que a fizemos... uma lembrança num beijo. Daí pra frente, era uma questão de oportunidade, e as lembranças se pluralizavam. Por isso a dificuldade em voltar ali. Sem luz, sem cheiro, sem vozes, sem as risadas que sempre me deixavam feliz...

          Andei pelos cômodos, tudo intocável, o mesmo vaso com lírios na beira da cama – agora murxos -; os lençóis ainda remexidos da última vez que estivemos deitado nela, aconchegados. Há uma semana, antes do acidente, antes do mundo desabar...mas naquele ínfimo momento, voltava, estava diante dele, rindo, seu abraço me protegendo, fazendo com que eu soubesse o quanto era especial...Nós dois deitados, acordados há tempos, mas era prazeroso conversar e rir e brincar com o dia que ainda nem tinha começado direito.

           Fui até o criado e abri a gaveta. Havia papéis misturados, ele sabia como me irritar com aquela bagunça, e um envelope lacrado endereçado a mim. Peguei-o, senti as letras escritas a caneta, era a letra dele, com a força impressa no papel...não tinha como não deixar uma lágrima rolar...era direito.

          Saí de lá com o peito ardendo, o coração disparado e uma agonia de dor e saudade que me fez perceber que viver sem um propósito não era viver, qualquer coisa, menos viver...era simular uma vida, apenas. Sentei-me nos degraus e levemente passei os dedos nas letras tão bem feitas, era hora, eu sabia. Rasguei o envelope e o perfume dele tomou conta do ar...sorri, sozinha, nas escadas que um dia fizemos amor escondidos...éramos assim, espontâneos, vivos, loucos, loucamente apaixonados.

          Ler aquelas palavras não era um alento, mas ajudava a não enlouquecer. Nunca imaginei que havia escrito aquelas palavras, nem que eu fosse tão importante assim em sua vida...talvez tenha perdido os sinais e aquelas palavras me mostravam todos eles...Como era estar comigo, sentir minha pele, respirar-me...ter no olhar o brilho que iluminava seu caminho e sempre que me olhava sabia que estava no lugar certo, com a pessoa perfeita...não era fácil ler isso, ainda mais pq eu nunca me senti assim, sempre fui muito mais dependente do amor dele do que imaginei que ele fosse do meu...mas ele não dependia de mim, ele era parte de mim, eu era parte da história dele e junto teríamos a melhor de todas!

          Finalizei a carta e ainda no envelope senti um objeto, era uma chave. Rodei pelos dedos, fria, antiga, misteriosa. Nem imaginava o que iria abrir, mas nem me importava naquele momento. Meu coração estava fechado e chave alguma iria torná-lo menos machucado. Aliás, eu precisava daquela dor, precisava sentir algo para poder continuar e esquecer, por momentos que fossem, o seu rosto frio, inerte, envolvido pelos crisântemos e velas...todos me tocando, me abraçando, me dizendo coisas sem sentido...e eu só via nossos corpos abraçados, encaixados enquanto dormíamos, éramos a mais bela simetria que um sentimento pode permitir....aquelas pessoas, quem eram? Porque choravam? Poque me olhavam daquela forma?

          Levei um tempo para processar tantas coisas, a perda, a vida, a ausência, a eternidade que era imaginar uma existência, breve que seja, sem ele. Mas era o que faria, iria viver, ou sobreviver, a tudo aquilo. Precisava, por ele, por mim, por nós...não iria deixar aquela história morrer em mim, ela vai se tornar minha salvação, minha paz quando tudo mais estiver desmoronando.

          Me levantei, guardei a carta e a chave na bolsa, dei uma última olhada no apartamento e segui, enxugando as lágrimas e pensando no quanto havia sido feliz...


...................................................................................................

          Sentada na cadeira macia do quarto via a chuva bater violenta na janela, era uma revolta dos elementos, o ar pesado, a terra trêmula, o fogo que consumia o corpo sem esperança. E continuava a passar a velha chave pelos dedos, sem razão aparente, sem motivação qualquer, apenas cumprindo um rito de indiferença com o objeto que ele tocou. Tocou o objeto e meu corpo não sente mais seu toque carinhoso, forte, seguro. A chave era uma forma de ainda estar perto dele, do meu único amor, da única pessoa por quem senti algo mais forte, mais intenso, que eu chamo de amor, paixão vibrante e aquele choque passava pela chave, sentia que era importante, sabia que deveria encontrar o que ela abriria, talvez assim conseguiria fechar aquela porta de dor e memórias pungentes...

continua...

By Léiah Val. Laverny & Anissa Baviera 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Amigos...

         Amigos são como Deus nos diz que está cuidando de nós....sempre digo isso, sinto isso plenamente!!! Não estão juntos por obrigação de sangue ou contrato, os amigos nos escolhem, conhecendo nossos melhores dias e permanecendo nos piores!!!
          Nos faz companhia e sabe quando ouvir, quando falar, quando dar um abraço porque estamos tão carentes que é apenas isso que queremos...eles sabem, eles envolvem, eles nos permite memórias de toda natureza. É a troca mais linda em nossa vida, é uma forma de ver o mundo, é a beleza de palavras não ditas, olhares que dizem tudo...

          Amigos existem de todas as formas, conteúdos e espécies...e agora faço uma homenagem ao amigo, aquele que está sempre ao lado, nunca à frente, nem atrás, igual!!!

QUERO SER...
Eu te vi, caminhando sem destino por ai, te vi chorar, escondendo o rosto pra ninguém notar sua emoção. Aonde foi que a alegria se perdeu e o seu sorriso onde está?


Se você quiser se abrir, fala pra mim, quero escutar.



Quero ser, um amigo que está sempre em teu caminho, e quem tem amigos nunca está sozinho!!!



Dia e noite quero estar junto de ti, quero ser a ilusão que te acompanha a vida inteira, a emoção sincera pura e verdadeira...


Um amor que dá sem nada receber...
Eu quero ser...



Quero ver tua boca iluminada num sorriso,
Quero voltar a te ver brincar comigo,
Quero ouvir você cantar.



Quero ser um amigo que está sempre em seu caminho, e quem tem amigos nunca está sozinho...




AMIGOS

Paulo Sant'anna

          Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
          Não percebem o que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

            A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

          A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

          Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto de vida.

          Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

          Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

         Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!


                                                


           Um amigo é capaz de nos fazer ver a vida de uma outra perspectiva, sem julgamentos, sem pressão, sem medos...ele pode segurar nossa mão e fazer o céu sobre nós se tornar menos nublado, chuva leve molhando o rosto...ele pode nos levar pelo caminho por um pequeno trajeto, mas fará a diferença pelo restante da jornada.

           Ele é essencial em nossa vida, somos essenciais na vida dos que estão contando conosco.  Se temos amigos somos abençoados, mas sendo nós os amigos temos nas mãos um dever sagrado de ser o guia e o irmão daquela alma que cativamos!!!

(((Léiah Val. Laverny & Anissa Baviera)))


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Completude...

Sou a metade completa de você...




Sou mulher, sou força incontrolável, sou beleza oculta e brilho a vista de todos...
Não me contenho, não me atenho, não me detenho, visto-me de possibilidades apenas..
e se pensa que sou metade, não sou!
Sou completa, sou total, sou mulher, sou sua metade inteira...
e não apenas parte de você!!!
(((Anissa Baviera & Léiah Val. Laverny)))



http://meme.yahoo.com/caixapandora/originals/

http://www.facebook.com/home.php#!/anissabaviera

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Como amar uma mulher...

BOB MARLEY SOBRE COMO AMAR UMA MULHER...




          “Você pode não ser o primeiro homem dela, o último homem dela ou o único homem dela. Ela amou antes, pode ser que ela ame de novo. Mas se ela se ama agora, o que mais importa?
          Ela não é perfeita - você também não é, e vocês dois podem nunca ser perfeitos juntos, mas se ela te faz rir, te faz pensar duas vezes, e admite ser humana e cometer erros, segure-se a ela e dê a ela o máximo que você puder.
          Ela pode não estar pensando em você a cada segundo do dia, mas ela te dará uma parte dela que ela sabe que você pode quebrar - o coração. Então não a machuque, não a mude, não analise e não espere mais do que ela pode dar.
          Sorria quando ela te fizer feliz, diga a ela quando ela te deixar com raiva, e sinta a falta dela quando ela não estiver por perto.”


         Lamentável, se todo homem tivesse essa percepção da mulher ele teria uma companheira fiel, uma mulher apaixonada, uma alma afinada com a sua...pena que a falta de sensibilidade faz com que se escolha pelas razões erradas e sofra desnecessáriamente.!!!

(((Léiah Val. Laverny)))
         

Eu, simplesmente....

Coisas que penso sobre mim e que os outros deveriam entender...

          Sou única, ímpar, exclusiva, permanente...sem prepotência, porque todos que se amam devem se sentir assim, assim fomos feitos, belos, inteligentes, apaixonados, insubstituíveis, ...

          Erra quem pensa o contrário, mesmo que alguém ocupe meu espaço não conseguirá ocupar minha alma já enraizada naquele lugar, no coração das pessoas que toquei...assim como  qualquer pessoa, como qualquer ser vivo que possui um papel intríseco nessa colcha maravilhosa que é a vida, sempre nos cobrindo de belezas, surpresas e entreleçamentos...fio de amor e paixão, sempre em nós e nós no mundo!!!

          Eu não sou insubstituível, assim como você também não é, nem na minha vida, nem no meu coração...amigos, amores, amantes, o sempre amanhã.


Harmonia



Não sou mercadoria, me pertenço e de mim faço o que quiser: poesia, música ou pintura...de qualquer forma vou tocar a alma de quem tiver sensibilidade para me entender!!!
Nada devo, nada cobro, apenas que me olhe pelo que sou
uma canção a espera de ritmo...
Uma poesia que busca sua rima...
Uma argila que pede o toque leve do artesão...
moldando-me em beleza aos olhos do artista, expressando sua paixão aos olhos de quem me vê!!!
(((Anissa Baviera & Léiah Val. Laverny)))

Meu aconchego...

"Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade ...

Que bom, poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Pra mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter..."
(((Elba Ramalho - De volta para o meu aconchego)))



        Viajei por tantos anos, caminhos confusos, estradas mal traçadas, cascalhos no coração que tanto sofreu por escolhas adversas ao que realmente o racional queria. O coração quer o que o coração quer, quase independente, determina em tantos momentos meus caminhos e sofro tanto por isso...

         Mas nosso caminho é repleto de surpresas, coisas loucas que nos fazem rir e chorar, aprendizados que nunca imaginamos, pessoas diferentes em casa parada de estação...muitas nos acompanham pelos trilhos da vida, outras descem na próxoma parada e deixam saudades, outras simplesmente se mudam de lugar, perdidas sem que possamos explicar para nós mesmo a ausência.

         A estrada é tão longa, tão forte, firme e certa no seu destino, e nem conseguimos ver toda a paisagem, todo o quadro. Mas não desistirmos, seguimos sempre, com saudade e memórias, sorrisos e lágrimas, vida cheia de infância e maturidade, decisões e arrependimentos e somos talhados pelos nossos passos...

        Não paramos, mas nos cansamos vez ou outra. Pedimos arrego, choramos, nos fechamos, decidimos que está muito difícil continuar. Somos pegos pela escuridão, tempestade sem chuva, molhados de tantas dores, corpo inerte no chão, meio mortos,  completamente relutantes...Não podemos voltar, é um "caminho sem volta" determinaram para nós e nem devemos, precisamos seguir adiante, fortes, ou como conseguirmos.

          E é justamente nesses momentos que pensamos como é importante um porto seguro, uma estação de parada, para que possamos retornar ao aconchego dos que deixamos para trás, encontrando-os também nos seus caminhos, os quais são certos de se cruzarem. É nesse aconchego que encontramos o lenitivo para as quedas, o entendimento da mortalidade e a força da vida...são amores, amizades, topadas ocasionais que mudam nossos rumos...são faces de todas as belezas e valores e de algum modo nos acolhe, abraça e fortalece para continuarmos a jornada tão insana e tão maravilhosamente vital!
(((Anissa Baviera & Léia Val. Laverny)))



domingo, 16 de outubro de 2011

O sótão...

Ando devagar porque já tive pressa,
E levo esse sorriso, porque já chorei demais,
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
ou nada sei.

Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,
Estrada eu sou...
(Almir Sater - Tocando em frente)




           Saí mais uma vez do sótão. Fechei a porta, guardei a chave pesada no bolso. Olhei de soslaio para o local que vez ou outra eu frequentava. Não eram visitas agradáveis, eu entrava forçada, e quando entrava a consciência de que iria me deparar com algo mais do que o que eu ali ia depositar era aterrorizante. Mas necessário, precisava compartimentalizar ou enlouqueceria.

           Eram roupas, objetos variados, perfumes, aromas, lembranças, visões, fotos, sonhos, tristezas, decepções, realizações, perdas... tudo tinha data, hora e uma história, o que compunha meu existir agora. Sou o que vivi, dizem, sou o que eu fiz com o que vivi, sejam coisas boas ou ruins, ninguém vive igual a mesma cena, nem sente igual o mesmo aroma. E vamos seguindo, descendo degrau por degrau, seguindo com a vida, deixando no velho sótão as coisas misteriosas que nos moldaram.

           O que deixei por último, o que me fez subir até aquele lugar e rememorar tantos sons gritando em minha mente, vozes sussurrando em minha cabeça, loucamente, não foi nada de importante, pelo menos eu vejo assim. Foi dor, foi decepção, frustração, foi desencontro...e assim, mesmo sendo algo que não me chocaria num dia normal, precisei deixá-lo lá, próximo a um coração partido por ter perdido o amor da própria família num lance estranho até hoje, por isso lá estava.

           Estava próximo àquele coração porque eram histórias tão similares, tão cruéis em suas insignificância que não dava pra elaborar bem os sentimentos. Lembrem-se, sentimos de forma diferente as diversas situações e emoções que nos tocam e aquela era dolorosa. Enquanto descia aquela escada sem fim, degrau por degrau, pausadamente e o olhar perdido nas rachaduras das paredes, lembrei-me de como era complicado viver por regras que desconhecemos. As pessoas chegavam, se instalavam e simplesmente iam embora sem arrumar a bagunça, apenas iam. E eu estava cansada de ter que arrumar esse tipo de bagunça, não queria passar minha vida pensando que as pessoas trariam algo de bom, e sempre quebrando a cara.

          O coração estava machucado, novamente. Mas agora as coisas poderiam seguir, todas as cenas foram guardadas num baú velho, feito de carvalho, com símbolos engraçados em volta dele...talvez um encantamento para o que estivesse ali permanecesse eternamente enterrado no nada. Ainda sem respiração, sufocada pelo lugar que parecia se estreitar, a escada não ficava mais perto do térreo...parecia que estava presa naquele lugar e era sufocante! Via rostos conhecidos, desde o meu nascimento. Sorriam de forma grotesca, acusando-me de tantas coisas insanas, riam como loucos e me empurravam para o precipício. Tive um arrepio, mas precisava continuar e sair dali; aquelas sensações eram comuns sempre que subia no mais alto da minha consciência para despejar os momentos no inconsciente mundo vazio...

          Veio-me à lembrança um aniversário, achei que fosse o melhor, mas foi a minha queda. Ao fugir, me perdi, e ali estava. Acreditar em palavras de bocas infames era erro a ser evitado, pensar que o ser humano vai seguir o que nos faz acreditar é ser ingênua a si mesma. as palavras não mentem, mas podem ser manipuladas, usadas para um mal maior...e isso é imperdoável.

           Por fim, me recordei, vividamente, de quando era criança, talvez uns 13 ou 14 anos, assustada, vendo o mundo se abrir em sua arrogância e maldade dentro de minha própria casa, e estava quieta num canto, vendo e absorvendo contra minha vontada tudo aquilo à minha volta. Vi, tão forte, tão determinado, a face da paz, os olhos azuis mais brilhantes, o sorriso mais cativante, a mão que me tiraria daquele inferno.
          Sorri, levantei-me, fiz minha escolha, segui o jovem de cabelos lisos e compridos, nos ombros, por uma porta; suas mãos me seguravam com força, era um bálsamo desconhecido. Olhou em meus olhos vermelhos e se abaixou, não era muito mais velho do que eu, e disse em meu ouvido as palavras que me livraram, a chave de algemas invísiveis, minha salvação.

Quando me lembrei de tanto amor, tanto carinho em todos esses anos, senti meus pés tocarem o chão conhecido de meu quarto. Estava em casa, finalmente. Levantei-me mais leve, mais forte, mais feliz, com um sorriso na memória, uns olhos azuis que sempre me salvavam...levantei-me, tomei um banho, vesti uma roupa qualquer e saí, porque tinha que continuar a minha vida...
(((By Léiah Val. Laverny & Anissa Baviera)))



Você pode ir
Você pode começar tudo de novo
Você pode tentar encontrar uma maneira de fazer outro dia passar
Você pode esconder
Guardar todos os seus sentimentos dentro
Você pode tentar continuar quando tudo o que você quer fazer é chorar
Porque talvez algum dia nós vamos entender tudo isso
Nós colocaremos um fim em todas as nossas dúvidas
Tente encontrar uma maneira de sentir melhor agora
Talvez algum dia nós vamos viver nossas vidas em voz alta
Nós estaremos em uma situação melhor de algum modo, algum dia..
(Rob Thomas - Someday - Tradução)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poesia em corpos, beijos em versos...

O que fazer com a indiferença de quem não nos valoriza?



Transforma a dor em palavras e cria a leveza de uma borboleta beijando suave cada flor....

Poeta não sofre calado, sofre escrevendo o silêncio que lhe grita no coração...
...

Não entendeu?
Feche os olhos e sinta as palavras tocarem seus lábios, silenciosamente.....
Escreva o que sente, o que o corpo diz...
Em alguns minutos vai sentir seus desejos escancararem em uníssono com a poesia que achou não existir em você...

Abra os olhos e veja...essas palavras são simplesmente meus lábios desejando poetizar com os teus!!!

...e os nossos corpos, todo lírico, querem compor um soneto perfeito com cada verso sensual, numa versificação completa, em quartetos e tercetos
...em rimas e estrofes, aglomerados de prazer!!!
 
(((Léiah Val. Laverny & Luiza Balnacchio)))

Pescador...



"Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência."
 
(((Pablo Neruda)))

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Seu sorriso, brinquedo de amar...

"Quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,
me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos,
ilumina o corredor por onde passo todos os dias.''
Caio Fernando Abreu





 Durmo tão tranquilamente em peito ardente
e seguro.
Tranquila porque sinto o coração bater
ritmado
Vivo
Passional
O corpo dorme tranquilo, mas a alma brinca...
de enroscar-se
misturar-se
completar-se.
O sonho é brinquedo, corro pelo campo
escondo e você me encontra
me olha,
me segura,
me beija.
A cama nos limita, nos prende...
nos rende,
nos sente,
sentimos de volta
Corpos que despertam em junção
coração,
mente,
sedução.
Amanhece o dia, e é apenas seu sorriso
lindo,
brinquedo,
de desejar...

...e de tanto cobiçar,
terminamos, em frenesi,
os lençóis,
de amassar...

...nos!!!

~~> Léiah Val. Laverny <~~

Sua ausência em mim...



Versão feminina dessa música que acho linda!!!
              Com licença...poética, mas estou sofrendo....
                                                  faça apenas uma coisa .....

VOLTA PRA MIM
((Roupa Nova))

Amanheci sozinha
Na cama um vazio

Meu coração que se foi
Sem dizer se voltava depois
Sofrimento meu

Não vou agüentar
Se o homem
Que eu nasci pra viver
Não me quer mais...


Dia e noite a sós
O universo era pouco pra nós
O que aconteceu
Pra você partir assim

Se te fiz algo errado
Perdão!
Volta pra mim... 


Do encontro à perda, faço da dor minha inspiração...


           Olho para trás, vejo um vulto indo, vagaroso, pela luz fraca do poste. Sinto a frustração invadir e já não entendo a partida. Foram tão poucas palavras que nos levaram àquele desfecho diante de tantas noites sem uma única frase formulada, apenas o som de nossa paixão se concretizando em atos de puro libido.

          Fecho os olhos, sinto o rosto queimar, minha cabeça gira e aquele vulto se transforma em lembranças dolorosas de se pensar....Era um sonho o sonho que eu vivi? Não sei, apenas olhei novamente, a esquina vazia, a luz serena da lua, passiva, cruel, sem ação. Como podia me deixar ali, ela que protagonizou o cenário de grandes amores, de Romeu com sua Julieta, pedindo a ele que não jurasse pela lua que é inconstante...e assim ela se volta contra mim, meia lua, meia luz, meia vida...

          Jurei meu amor à pessoa errada? Eram tantos pontos a serem revistos, os olhares culpados por pensarem o desejo do corpo, sorriso ardente diante do crime, mãos suadas, tocando de leve, sem que vissem o que ocorria sobre toda aquela aparência séria, fria...eram corpos conectados, mentes germinadas, tudo acoplado à vontade do universo. Nos levantamos, não poderíamos ficar mentindo ao coração porque o corpo nos entregava. A festa continuou em câmera lenta, os únicos movimentos eram nossos passos em direção à porta. Ao atravessá-la, adentramos num outro universo, nossa dimensão particular. O tempo era mera convenção, o medo palavra de jogar no rio e fazer quicar. Sonho era o que vivíamos, a relva verde, orvalhada conseguia nos abraçar e se misturar com o suor de nossos corpos, agora parte de nosso único desejo, eternizar o momento...

          Foram semanas de intensa loucura, vasta emoção, corpos jogados, exaustos, para o lado, abraçados, sentindo a força do universo em cada ponto de nosso existir...já não éramos dois, éramos o todo, completos em nós mesmos.

          Mas a vida não é tão generosa, nos dá e nos tira, nada é eterno, nada que não seja a memória, essa é faca afiada, penetrando na pele nua, dolorosamente, sangrando saudade, chorando ausência. Era eu, era você? Onde começou o fim? Foi no momento que nossos olhos se despiram ou foi quando nossos corpos já não conseguiam se encontrar?



          E ali, parada naquela rua, fatídiga noite de outubro, olhos vazios, coração cheio, corpo trêmulo, frio n'alma, vi seu corpo sair do meu, sumir aos poucos, tendo a lua como única testemunha de meu sofrimento, de minhas dúvidas, de minha incompreensão. Já não te via, já não te possuía e meu corpo gelou diante da eminente solidão. Olhos baixos, cabelos grudados no rosto, mãos nervosas que se esfregavam e algo no chão me chamou de volta à realidade...

          Caminhei, devagar, até o pedaço de papel que jazia solitário na rua vazia. Peguei-o como quem pega a esperança nervosamente, com medo que fugisse por entre os dedos. Papel branco, amassado, escrita conhecida...era sua letra, suas mãos que seguraram aquele pedaço de alegria misturada com terror. As palavras me faltaram quando o vi indo embora, meu grito foi abafado pela dormência do corpo, mas ali, naquele pedaço de papel, sentia o coração bater novamente, estava viva...eram suas palavras.

          Cinco palavras, cinco sentidos aguçados na recordação das noites de frenesi, de juras e carinho, cinco eram os dias de ilusão...cinco segundos para entender toda uma vida. Olhei lânguida para a lua mais uma vez, sorri dormente, olhar vazio...a assinatura não mentia, a letra ovalada era sua marca...as palavras me trouxeram a um outro nível de dor, a de saber que no final de tanto amor, sobraram apenas aquelas cinco palavras que, dramaticamente, definiram minha vida para sempre, na dúvida...

"Ontem eu acreditava em todas as mentiras, hoje eu duvido de todas as verdades."

Léiah Val. Laverne=======\\&//=======Anissa Baviera

Pausas....

Tá certo que nossas pausas não foram saudáveis, mas precisava pausar meus sentimentos...


Tá certo que o nosso mal
Jeito foi vital
Pra dispensar o nosso tom;
O nosso som pausou.

E por tanta exposição
A disposição cansou.
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora.

Solução é a solidão de nós.
Deixe eu me livrar das minhas marcas;
Deixe eu me lembrar de criar asas.

Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que nesse verão eu faço sol.

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu melhor.

A conta da saudade
Quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada;
Já que estamos fincados em dor.

Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar.

(((O Teatro Mágico)))

Permanência....

Texto repostado do Meme  ɷ("ړ)ɷTudo vai dar peɷ("ړ)ɷ

Obrigada, memiguxa pela permissão de postar seu texto, ele é lindo, fala muito ao meu coração!!!




Eu permaneço aqui.... sempre aqui por você.... deixando preso entre os dentes as coisas importantes que não ouso te dizer .... pelo medo de pesar...
                                            não me arrisco a correr contra esse vento,
eu preciso suportar o frio de sua ausência tão presente em mim....  
E sigo com esse sentimento que é um mundo feito por mim dedicado a você pelo tanto que desconheces de amor...do meu amor...
Nunca te direi adeus, talvez algum dia nesse meu silêncio você consiga ler os sonhos  que tive pra nós, como eu sonhei...
Agora aqui por orgulho eu sigo caminhando sem uma palavra a mais deixando os dias transcorrerem soltos como devem ser..
                         a porta abre eu olho, mas nunca te vejo entrar por ela..
                                       então continua igual,
lábios que não se tocam
                    corpos distantes
                               e um querer intenso de SIMPLESMENTE TER!

 Como Eu Quero Você!

ɷ("ړ)ɷTudo vai dar peɷ("ړ)ɷ

Um certo sentimento...



Uma grande verdade, os sentimentos são selvagens, não podemos domá-los.

       
          Não tente aprisionar a força da natureza numa caixa, nem tão pouco mil cavalos selvagens num espaço restrito...dentro de nós há a explosão dos elementos, força incontrolável que nos despe a alma e nos veste de paixão...
          Dentro de nós cavalga livre os sentidos tão aguçados que a pele treme ao leve toque ou a mente transborda ao simples olhar...
          Somos intensos, somos incontroláveis, somos a soma do poder dos céus e a fecunda terra que nos alimenta...
          Somos a paixão, a loucura, a insana tempestade que revolta todas as borboletas em nosso estômago...sorrimos, choramos, cantamos a alegria de ser felizes, mesmo que a dor seja inevitável...é o ciclo da vida, dos desejos, dos sentimentos!!!!




=======::Léiah Val. Laverny & Anissa Baviera:: ========

Valorize suas palavras...



Aderindo à campanha!!!!

Se você não tem nada de produtivo,
                        positivo, construtivo 
                                  ou que vá trazer algo de bom para alguém,
                                                                              faça o favor, fique calado!!!



..\\#//...#)...*.* O silêncio dos tolos é um tesouro para os sábios!!!!*.*...(#:*...\\\\...
"O silêncio é o bilhete de entrada do arrependimento de quem abandona !"
(Marcus Carmargo)




          É tão fácil descartarmos as coisas, o que não me serve não é útil, não me dá a menor vantagem em qualquer coisa, se torna descartável...e nessa cultura de descarte, confundimos coisas com pessoas! Assim como o lixo está cheio das tralhas que o capitalismo selvagem, impulsionado pelo apelo comercial, nos convence a adquirir, nós também nivelamos as pessoas ao status de coisa e assim as jogamos fora quando não mais nos interessa, quando não tem mais serventia...

          Andamos pela rua no mês de setembro e nem percebemos que os ipês amarelos já transformam as ruas em maravilhosos tapetes em flor...é mais fácil e cômodo não prestar atenção, somos muito ocupados!

           Andamos pela rua e as pessoas não passam de sombras, fantasmas que não nos provoca mais reação. Vemos sem ver! Como dizia Cony, é o monstro da indiferença se instalando no coração humano.

          Mas em breves momentos percebemos que estamos perdendo pessoas importantes em nossa vida. Não lutamos para reavê-las, temos medo, orgulho, ou mesmo indisposição! Lutar significa sair da zona de conforto e confrontar, não estamos mais aptos a tanto trabalho, a tanta "fadiga" que as batalhas causam...

          ...e pelas ruas abandonamos nossos eus, nossos amores, nossos amigos, nossa felicidade....e no silêncio o arrependimento é o que dói forte no peito e não fazemos mais nada, calamos a dor com a cegueira da indiferença mascarada!!!

##(((Léiah Val. Laverny/Anissa Baviera)))##

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Precipício...

Em minhas andanças, me deparei com um texto muito bom, simples, direto e perfeitamente condizente com meu estado de espírito.

Vamos lá, então, sentir um pouco do meu interior...




Curar feridas...Tirar tristeza...
Abraçar a solidão...
Correr sem rumo...
Esquecer que existe amor...
Seguir em frente é tão complicado quando o mundo te dá um chute.
É tão complicado quando alguém vem e com um sopro derruba seus sonhos.
Quando alguém vem e simplesmente te enche de esperança e depois a tira de você.
Simplesmente te enche de ilusão e então você cai.
E então você cai e se enche de feridas, feridas essas que parecem incuráveis.
Feridas essas que só aumentam a sua tristeza e você não enxerga mais nada.
Aumentam a sua tristeza, ganhando em troca de tudo isso a solidão.
Ganhando em troca uma força estranha que te faz correr ao inalcançável.
Que te faz correr e fazer esquecer que o que na verdade cura tudo é o amor.
O amor te dá as costas e você então desaba em desespero na esperança de um dia conseguir viver novamente...
By Lucas Santos~~> http://baudeloucuras.blogspot.com/