terça-feira, 18 de outubro de 2011

Meu aconchego...

"Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade ...

Que bom, poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Pra mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter..."
(((Elba Ramalho - De volta para o meu aconchego)))



        Viajei por tantos anos, caminhos confusos, estradas mal traçadas, cascalhos no coração que tanto sofreu por escolhas adversas ao que realmente o racional queria. O coração quer o que o coração quer, quase independente, determina em tantos momentos meus caminhos e sofro tanto por isso...

         Mas nosso caminho é repleto de surpresas, coisas loucas que nos fazem rir e chorar, aprendizados que nunca imaginamos, pessoas diferentes em casa parada de estação...muitas nos acompanham pelos trilhos da vida, outras descem na próxoma parada e deixam saudades, outras simplesmente se mudam de lugar, perdidas sem que possamos explicar para nós mesmo a ausência.

         A estrada é tão longa, tão forte, firme e certa no seu destino, e nem conseguimos ver toda a paisagem, todo o quadro. Mas não desistirmos, seguimos sempre, com saudade e memórias, sorrisos e lágrimas, vida cheia de infância e maturidade, decisões e arrependimentos e somos talhados pelos nossos passos...

        Não paramos, mas nos cansamos vez ou outra. Pedimos arrego, choramos, nos fechamos, decidimos que está muito difícil continuar. Somos pegos pela escuridão, tempestade sem chuva, molhados de tantas dores, corpo inerte no chão, meio mortos,  completamente relutantes...Não podemos voltar, é um "caminho sem volta" determinaram para nós e nem devemos, precisamos seguir adiante, fortes, ou como conseguirmos.

          E é justamente nesses momentos que pensamos como é importante um porto seguro, uma estação de parada, para que possamos retornar ao aconchego dos que deixamos para trás, encontrando-os também nos seus caminhos, os quais são certos de se cruzarem. É nesse aconchego que encontramos o lenitivo para as quedas, o entendimento da mortalidade e a força da vida...são amores, amizades, topadas ocasionais que mudam nossos rumos...são faces de todas as belezas e valores e de algum modo nos acolhe, abraça e fortalece para continuarmos a jornada tão insana e tão maravilhosamente vital!
(((Anissa Baviera & Léia Val. Laverny)))



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