domingo, 2 de outubro de 2011

Do que sei e aprendi...


O tempo e o fiel escudeiro...
                              ...a aprendizagem.

          Ah, vida louca, insana proposta de existência. Somos peões das voltas que o mundo dá e não cremos que cada retorno é um recomeço. Sei disso por experiência, vejo minha vida e não creio que tenha tido alguma importância meus desejos. Sou vítima do "cosmos", grande conspirador de meu viver. Não queremos entender que não somos seres exclusivos nesse mundo, vivemos e morremos sob o código do entrelaçamento de existências, a grande e imutável lei de Newton, que tão bem entendia não só de física, mas de vida!!!! Minhas ações me levaram até onde fui, no meu limite, quando achei que tudo estava contra mim e todas as frases-clichês que ouvia eram uma forma covarde de justificar o fato de nada ser como eu queria, nem nos mínimos detalhes.

          Sou filha da incompreensão, da inconformidade e lutei contra o que não poderia vencer - contra a vida, contra meus erros não assumidos, contra as forças superiores que regem nosso caminhar e não permitem que uma folha caia sem ser o momento. A minha ignorância das coisas básicas, dos fenômenos naturais me deixaram amarga, doente, enlouquecida contra minha existência! Não aceito, não quero, não permito, não, não, não...palavra que dizima a esperança de poder mudar, melhorar, ser o que eu tenho que ser.

          E hoje, ah, hoje, dia de luz, claridade reveladora, me vejo não mais negando tudo, me pego aceitando o passado como sendo necessário, sendo o meu referencial de presente. Se sou forte, é porque lutei, apanhei e me levantei. Se sou sorridente, é porque passei boa parte de minha vida chorando. Se sou mulher formada, é porque a menina em mim foi obrigada a crescer....Valorizo minhas batalhas, perdidas e ganhadas; distribuo sorrisos feito menina boba, porque sei como é o melhor remédio para as dores da vida; sou mulher, crescida, experiente, mas não matei aquela menina levada dentro de mim, ela me ensinou a ser alegre e correr contra o vento....

          Não podemos nos dar o gosto de ser uma pessoa dura, intransigente, a vida é maleável, nada está determinado, tudo se transforma numa velocidade astronônomica e se pararmos perdemos o fio da evolução! Cabe a nós levar a vida com sabedoria, simplificando o que nos complica, não podemos ser difíceis nem tão pouco ficar regurgitando o passado. O óbvio - ele já passou - e temos que nos dar o direito de um olhar menos rígido sobre nós mesmos. Sou uma somatória de tudo que vivi, que sofri, cada sorriso e lágrima....quero que o aprendizado desses momentos sejam minha marca! Sou guerreira, sobrevivente, mas nunca, nunca vítima!!! Sou sim abençoada pelas lágrimas que me fortaleceram, pelos amigos que me deixarm sair sozinha dos meus problemas, porque somente eu tenho esse poder de transformar meus problemas em solução para meu descaso!

          O importante não deve ser o que fizeram com a gente, mas o que fazemos com o que foi feito...temos que ser aprendizes melhores, seres humanos melhores, para nós e para os que nos amam e estão ao nosso redor! Isso me fez lembrar de uma canção de Chico Buarque, Roda Viva, e sempre que a ouço, vejo minha vida nesse girar tão frenético que nem consigo me enxergar...

"A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá..."
(Chico Buarque - Roda Viva)

          A gente vai contra a corrente até não poder resistir....mas o segredo de ouro é saber quando desistir dessa resitência e abraçar quem fomos, somos e trabalhar para sermos pessoas sempre melhores!!!!
By Léiah Valq. Laverny

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