segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fragmentos...



         A saudade é suportável porque nos lembramos dos momentos memoráveis que passamos com a pessoa querida..
         A ausência é menos dolorosa quando sabemos que o retorno é certo, é só dar chance ao tempo para fazer sua mágica...
         O reencontro é o melhor presente quando nos vemos de volta ao lar!!!

         ...e por lar penso em cada lugar em que meu coração fez morada!!!


         Acho estranho falar em saudade, lar, morada, memórias, de fato, é um assunto meio complexo para mim. Lembro-me de minha infância e as recordações me doem, não me animam. Vejo meu lar e o que tenho é um lugar, funcional, amontoado de livros, sonhos não realizados e expectativas pouco grandiosas. Saudade, ah, essa é forte em meu peito, principalmente porque me considero uma nostálgica declarada. Minhas músicas, década de 80/90, minhas histórias com as quais preenchi minha vida vazia de fatos, brincadeiras, intenções, tantas coisas que gostaria que voltasse...Porém eu não sou ingênua, sei, com os pés no chão que não vão voltar, não vão acontecer, não no tempo passado. Eu vivo o hoje, sustento-me na maldição do agora, não penso mais no passado com dor, mas com carinho, e alimento o meu presente de atitudes...
          Sei que sou um tanto fria, distante, inatingível, já me disseram isso e não posso fazer muita coisa a respeito. Com o tempo aprendemos que a melhor defesa é não sentir, não demonstrar...paradoxal, eu sei, mas expor sentimentos aleatoriamente não traz nenhum benefício, principalmente se for para as pessoas erradas - e acredite, sempre são erradas. Gosto de manter minha distância, ser ausente de vez em quando, me preencher de um "nada" que me liberta da obrigação de "pertencer" a alguém.
          E é esse alguém que talvez me faça sentir tudo isso. Esse alguém que desconheço e por não conhecer me fiz assim, tão inalterada, contida, medida, eu. Se gostaria de mudar? Claro, porque não? Mas vale a pena? Sinceramente, histórias de amor só duram 90 minutos...Nem sei bem se consigo sentir tantas coisas assim, me detive no básico, no simples, sou a favor de não complicar a vida mais do que ela já é. Beijos e abraços não devem ser mais que isso, sexo não deve ser confundido com amor, amor não deve ser repentino, portanto, inacessível. Regras que me permitem dormir sem me preocupar com coisas além do essencial. Mesmo que o escritor tenha dito que o essencial seja invisível aos olhos, preciso desesperadamente do importante ao alcance de minhas ações.


~~> ((((Léiah Val. Laverny & Bavi))))<~~

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